Em Quiosque, Rosa Gómez Jiménez, recorre a esta instalação urbana para estabelecer o vinculo particular, entre Sevilha e Portugal, na Exposição Ibero-Americana. Através do quiosque de refrescos do Largo do Camões, um dos mais representativos da capital, a autora, que encontra um dos seus temas pictóricos mais recorrentes nas cenas do quotidiano, alude à importância que, na altura do certame, e a partir do século XIX, estes tinham em Sevilha e Lisboa e que hoje, um século depois, desapareceram das ruas de Sevilha, ao contrário das de Lisboa onde se conservam diversos quiosques históricos. A artista, sempre tão atraída e influenciada por pintores impressionistas, especialmente Henri Mattisse e Paul Cézanne, capta uma sugestiva cena de ambiente, cor e atmosfera com uma paleta fluida, que a caracteriza.

 

A sua tela convida a refletir sobre a agitação das ruas do recinto da Exposição, onde proliferavam quiosques de refrescos e produtos diversos, com uma estética mais regionalista, da qual há referência documental, mas não testemunhos gráficos.