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Em Escudos, este espetacular bodegón hiper-realista de escudos e centavos, Rocío Romero representa um repertório de exemplares daquela que foi a moeda portuguesa de diferentes épocas, entre 1911 e 2002 e, portanto, a que vigorou durante a preparação e desenvolvimento da Exposição Ibero-Americana. Especificamente, inclui exemplares da primeira República (1911-1926), durante a qual, com a incorporação de Portugal e Brasil, esta passou de hispânica a ibero-americana, e também da ditadura do general Carmona (1926-1933).

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Com um tratamento hiper-realista e um magnífico estudo de profundidades, reflexos de luz, texturas e qualidades dos diferentes metais (ferro e cuproníquel, bronze, níquel, alumínio-bronze e prata), os seus anversos e reversos exibem um magnífico repertório de símbolos nacionais; a alegoria da República, o escudo do país e, sobretudo, dois alusivos às descobertas dos navegadores portugueses dos séculos XV e XVI, eixo temático da participação de Portugal no certame: a caravela e a esfera armilar de ouro, presentes na bandeira do país, que foi um símbolo nacional desde o reinado de D. Manuel I.

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